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Talk To: A Voz Estudantil


Diante dos acontecimentos ocorridos na noite desta quinta-feira, 25/11, nós, alunos da Kyungsan University e membros do jornal — mais conhecidas como Ningguang e Beidou — não poderíamos deixar de buscar de perto as opiniões dos mais prejudicados. Esta é mais uma edição especial do TALK TO, o VOZ ESTUDANTIL.

Nossa missão é levar nada mais do que a verdade através dos depoimentos apresentados.


"Achei muita falta de responsabilidade toda essa situação, ainda mais vindo de uma universidade tão prestigiada. E digo, não só pela forma como todos os alunos do 307 foram largados na rua, mas sim pela falta de atenção com o dormitório. Creio eu que não é de hoje que essa infiltração estava acontecendo, eles não tiveram nem a preocupação de fazer uma checagem. Eu tive sorte de ter amigos que me ofereceram abrigo, mas e as pessoas mais reclusas? E os novatos? E quem não mora perto da universidade? Eles nem pensaram nesses detalhes, é isso que me deixa mais frustrada." — Qiqi, a zumbi camarada.


"Eu estou chateado, pra começar. Eu fiquei sem bateria. Só me dei conta disso bem depois do clube. Fui comprar comida e quando vi não tinha bateria. Fiquei sem saber o que fazer. Tive que buscar a stormterror e umas coisas, rodei muito pelo campus até conseguir ir. Fico chateado demais. Se você reparar por toda parte tem cartazes anunciando a copa de rugby, a universidade em si está se preparando para isso. A reitoria está mais preocupada em receber quem vem assistir aos jogos do que cuidar de quem mora aqui. É uma falta de respeito sem limites. Fora que fica mesmo essa pergunta, pra onde vai o dinheiro de quem investe em uma das maiores universidades? Eu entendo que emergências acontecem, imprevistos também. Mas deixar que uma infiltração desse porte aconteça e tire os alunos de seus dormitórios num frio de rachar ossos?"

— Venti, o bardo.


"Como bolsista, eu não pago pra ficar no dormitório, mas isso não significa que por não pagar eu mereça passar por isso, ou tenha que viver em condições piores do que aqueles que pagam. Se eles oferecem um dormitório para quem não tem dinheiro, ao menos cuidassem direito da coisa, que fizessem o mínimo para esse tipo de situação não acontecer. Parece que to reclamando de boca cheia, mas pra que oferecer uma coisa se vai deixar largado de qualquer jeito depois?"

— Hutao, a piromaníaca.


"Ah, eu 'tô puto né, quem não 'tá? Foi um descaso enorme com os alunos, em especial com os bolsistas que estão em peso no 307. Não é de agora que essas coisas vem rolando, sabe? Encanamento ruim, água fria, aquecimento precário, aquela lavanderia que só dá dor de cabeça... Parece que a gente fica com o que sobra, não é legal. Não foi falta de reclamação, isso eu garanto, mas acho que o povo se sentia meio desmotivado. Sei lá, dá a impressão de que eles só iriam enfiar a papelada no triturador e ignorar os pedidos."

— Kaeya, o peitudo.


Por motivos óbvios preferimos preservar a identidade dos entrevistados, mas isso não torna o assunto menos importante, então vamos lá!


Bom, com todos esses relatos já podemos afirmar que os problemas são muito maiores que a infiltração, não é? O descaso com os estudantes é inaceitável, independente do quanto paguem, ou não, pelo dormitório.


Infiltrações desse porte não acontecem do dia pra noite, nenhum dos problemas relatados começou nesta quinta-feira. Assustar e interferir na paz dos estudantes não deveria ser uma opção para universidade alguma, quem dirá uma tão bem quista como a Kyungsan. Quem sabe isso não deva parar apenas nas páginas de nosso "correio estudantil"? As aparências são importantes para nossa querida reitoria, então, nada mais justo, que os esqueletos saiam do armário.


Felizmente não só de caos vivem os estudantes!

Muitos alunos e professores demonstraram todo seu carinho e preocupação com os estudantes desalojados, oferecendo seus quartos, casas e hotéis. Diante do descaso da reitoria, os alunos puderam contar com a bondade um dos outros para passar por esses tempos difíceis nos deixando com um restinho de fé na humanidade.


Nesse domingo a reitoria finalmente se pronunciou sobre o assunto e realocou os estudantes de volta pra seus dormitórios, mas a situação ainda é revoltante. O que nos garante que não há outros problemas na estrutura do 307 sendo ignorados nesse mesmo segundo por aqueles que deviam estar zelando pelo bem estar dos alunos?


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